quarta-feira, novembro 14, 2007




Brancas Folhas Em Azul Céu







I-





Falo eu assim do Longe nos instantes ao acordar das manhãs
nestes hojes feitos de momentos em ontens
como se por instantes destes momentos se fizessem todos os amanhãs
como pedaços levados de sempres fossem eles assim pela mão
todos os poentes de nascentes rios e marés
estes que se reflectem em telas aguarelas pintadas no meu coração
sempre tão difíceis de escrever assim no querer de um entender
e sempre tão fáceis de sentir num simples fechar de olhos para te ver
pois que de tão perto de cá de dentro de onde estão
difíceis de tão longe eles só assim se fazem trazer
e dizer que é para junto de ti que eles vão
quando a uma única estrela à noite escura confessam
que para sempre o tão imenso mar dos oceanos eles guardarão
nos rios que correm lavados na palma aberta da minha mão





II-


Porque é de longe e encanto que eles te trazem





é de longes encantados de melodias pela brisa chegados
quando em acordes sublimes fazem eles do silêncio do encanto
este nascer eterno do perto na melodia singela de um canto
que de toques em luz pela madrugada dos amanhãs
me acorda terno como se um beijo fosse assim ele eentregue às manhãs
pois que roubado foi ele pela noite ao adormecer pelo entardecer





III-





E são estas as mãos dadas em aureolas de passeios pérolas
essas que cantam juntas as cores do azul do céu
e que repousam nuvens de algodão em sonhos lindos meus
que um dia ao mar entreguei para que ele nele pelas marés
reflectisse na cor dos olhos teus apenas o que és
como a cor singela do horizonte infinito desse teu véu
opala em cor onde no meu coração te guardo e te levo assim eu
todo o azul do céu como se fosse para sempre um segredo meu
sempre assim aninhado sempre tão meu
assim sempre bem juntinho a um repousar teu
no voar de um sonho meu
que eu um dia pintei num sorriso só teu





IV-


E um livro





queria um dia ser eu um livro
um livro para sempre em branco
onde aos dias acrescentasse
tudo o que não te escrevi
ao tudo que sem ti
no branco das tuas folhas
eu sempre senti





V-





E escuto calado no eco da madrugada o murmurar de beijos nas marés
trazido leve pelas ondas e pelos amanhãs de todas estas manhãs
para que quando um dia leve chegares em asas que és
nelas uma ternura no olhar assim possas tu encontrar
e no teu coração em brancos de algodão guardar
pois de um regresso meu
fiz eu um voltar teu
quando dos olhos teus
fiz eu um dia
a alegria dos meus







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