sábado, maio 26, 2007




O Teu Poema - A Madrugada







I

E o lento desabrochar da pele a ecoar no cantar das manhãs





esse macio de seda no sorrir que sempre renasce
cândido na frescura que nasce aos primeiros aromas matinais
na cor alva que é a cor terna de um único beijo feito em asas de voar
esculpindo brilhos estivais no carinho de uma carícia ao sentir lá longe
bem lá longe na distância do tão perto de um beijar
esse arrepio macio da pele que pela madrugada ela cor em cores irá .leve que é. tragar
aos tons do alvor na ternura das fragrâncias e um sorriso seu levar
das telas naturais escritas no vento e para ao seu rosto num afago assim entregar

Linda a flor que um dia suspirou
quando por fim o seu amor
em rosa flor respirou
e livre olhou sem dor
aos olhos do vento que a levou

E cantou
cantou amor à cor do mar e o toque que se sente macio ao olhar
quando a flor no ir das brisas a elas um segredo sussurrou
e a rosa nos olhos em repouso num carinho se guardou
para que do beijo nos seus lábios ao olhar se fizesse um calar
e do amanhecer assim em alvor gritasse ela o de um beijar
onde lá longe pelas marés bem lá longe se entregassem
as mãos dos poemas no aconchegar terno de um carinho onde se guardassem
suas pelo todo dos aromas fluídos aos caminhos em poemas
que exalam dos rios gotas de água em perfumes de alfazemas




II

E o AzulCéu entrega-se assim em bailados de sonhos ao embalar da tua voz





essa voz que acarinha gaivotas primaveras de mar
nas chuvas meigas das esperas trazidas pelas asas a voar de um teu encantar
como se lençóis alvos de nuvens fossem elas macias às maresias
as nuvens de gotas de amar que enchem os poemas pelos rios ao flutuar
e ao amor de cada ternura do teu rosto entregassem elas dos lírios a cor
no respirar de cada sussurrar às gaivotas a voz de um teu cantar

O cantar de um encantar pelo céu a rodopiar maresias de amar num dançar


E são gestos BrancoTernos os teus Estrela de AlgodãoMar
esses de um canto a cantar o encanto a um coração
na mão dada feita aurora de um beijar
no tocar das noites pelas manhãs num encantar

Nesse cantar das mãos em concha que acordam manhãs em aromas poemas
como este guardar dos sempres com que te levo o pranto em alfazemas
e que pelo manto de estrelas que teço em constelação
poemas escrevo nas cores da cor do meu coração
como se os lábios soltos num beijar me escrevessem o teu nome no olhar
e na mão que eu só por ele sabendo chamar assim abro ao infinito estar
das planícies escritas por gaivotas num seu único voar
a voar no seu voar todas as cores em cores na cor do mar

E é assim mão solta .entregue que é. dada que foi
manhã seja que sempre será a de uma noite a sonhar
dias de noite em noites de noite passadas em zelo por carinho acordadas
noites de luares estas que em vénias de insónias o luar aproveitou
e que por ela também ele e pela sua ternura se apaixonou
quando um coração na minha mão à mão desenhou
e da luz da estrela fez também ele e da luz do seu olhar o seu eterno amar
ao lhe entregar a luz da ternura que um dia pintou na minha mão
e me pediu para que a aconchegasse em carinho no meu coração
para que também assim ele pudesse ternamente a sua estrela abraçar
e ela o seu brilhar descansasse na luz do luar
os sonhos que aconchegados trazia no infinito do seu olhar

E cantou
cantou ele a manhã do céu no branco da lua onde repousaste tu o véu
estrela no céu a cantar o encanto pela voz do luar num encantar




III

E é neste Jardim





neste rumor leve do vento a ondular
que alva em brisa te oiço em mim
no encanto de uma rosa canto a cantar
e um segredo de jasmim a sibilar

Jardim rosa jasmim da tua alma
véu onde nasce o beijo de um segredo teu
e que no teu manto beijado em lábios de um vento soprado
são segredo de um AzulMar meu em AzulBranco teu num macio assim acarinhado
e pelas primaveras encontrado nos riachos que crescem e aos regatos levados
em breves ternuras suas gentilmente pelos caminhos murmurados
para assim poderem contar às águas crescentes
os nomes de todas as nascentes cristalinas dos poentes
que escorrem fins de tarde AzulBranco no branco das nuvens a falar
e pelo AzulMar das janelas olhar de tudo o que sentes
onde juntas na brisa e no azul pelas nuvens que se quedam perto do mar
olham os olhos nascentes que correm em luz nos olhos que olham poentes


E brisas belas amenas são na luz dos aromas
esses que espelham o céu dos teus gestos no véu dos meus olhos
e onde nos passos lestos a flutuar que levas tu no andar
cada traço cada desenho cada respirar meu parte para ti a voar
pois por cada caracter teu em ternura gravado
e pelos meus olhos cegos guardado
faço eu no acordar de cada descansar teu
um beijar meu pelas brisas levado e soprado
como se o AzulMar fosse os tons de BrisaCéu
que no AzulBranco das nuvens poisa todo o nascer do mar
e às nascentes mostra que são as marés e os rios essas onde nasces
que assim te fazem ser BrisaMar do meu respirar

Tal como este jardim RosaFlor de jasmim do mar que és
AzulMar como o céu no AzulBranco de um sonhar
que trago eu comigo para o levar em aconchego contigo
um dia por todos os dias nas brisas de um acordar
levadas em asas de um respirar AzulCéu
assim sempre para bem perto junto do mar




IV

E é minha a voz
é a minha voz essa a cor de um cantar por ti encantado
é ela a cor do jasmim que ouves quando te canto
embevecido ao respirar neste jardim todo o teu encanto
Flor jardim feita rosa de mim
quando no regaço cândido do teu colo à noite rendido te canto assim
neste encanto à luz da luz cantada de uma estrela encantada
que pelos caminhos em direcção ao mar me leva ela num chamar
pelo riscar riscado um dia na areia de um desenho que foi em coração desenhado
e da ternura de um carinho que assim nele foi para sempre guardado
lá naquela praia em ternuras macias de um leito singelo
num sonho um dia sonhado e em bordados cinzelado





E é esse o calar das asas que voa num adejar em mim
pelas brisas soltas de uma RosaJasmim de mar
que fazem o poisar dos teus olhos no teu rosto levado por ti
no AzulFlor de um teu descansar nos olhos de um olhar sem fim
esse que te trago num sonho meu de um dia poder ser também eu como o mar
como o mar onde desaguassem os teus segredos que assim guardado e calado eu seria
como os sonhos por sonhar que guardas calada e eu calaria
para que em todos os sonos eu te desenhasse neles a ternura
de um de sempre acordar assim acordada e que fosse nos teus olhos a candura
onde pudesse eu ver-te assim nela tão profunda e sonhada em mim
como se uma cor tua em mim viesse assim sempre reflectida de ti
por tanto ela sentir pelos dias que levas tu em ti de mim
todas essas cores com que te fazes assim por mim amada
nesse sempre tão sonhada e terna de uma única madrugada
eterna em mim e só por ti acordada








O desabrochar da pele em pétalas de alfazema e um poema









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