Nas Ondas do Mar
Aqui no dentro destas janelas neste canto que estou

canto que fico no envolvido que sou
em alma sentida assim confortada pelo mar
que ás ondas no longe do seu troar
um desejo a um beijo peço
que te vá encontrar para lá ficar
para lá
para onde ele voou
para lá
para onde eu vou

é aqui nesta sala canto em cor de lã
que descerro sonhos de nevoeiro vindos de longe
longe do tempo da noite pelo nascer da manhã
dos passos que me seguem para onde vou
e me desenham o caminho sozinho do que não sou
é manhã hoje em tons castanhos no azul de outono
tarde que em lã de janelas lareiras na demora
o abandono trazem em noite às labaredas acesas pelos meus olhos
esses olhos onde trago eu em mim
o olhar de ti guardado assim
em àguas cristal em sal aninhadas
nas ondas que indagam revoltadas lá fora
são como gotas brisas de maresia em sal
ventos que sibilam segredos no correr do teu rosto
como esta chuva que agora á janela aqueço
no frio das mantas de inverno agora em folhos
neste frio onde em voltares de ti
envolvo os meus olhos
também para me aqueçer a mim
ser sentir breves sentires eternos
como se um agora depois de o ser o fosse
palavras de um te querer aqui
palavras em beijos ao vento largadas
onde no longe de mim lá de fora
asas de plumas em liberdade o fossem
e voassem só para perto de ti
só para te ver
só para te o dizer

sejam palavras levadas pela brisa de mim
que em ti sentidas no mar seriam
palavras escritas de plumas em sol nascidas
como maresias de cristal em tempestades perdidas
soltas ao mar alto em lágrimas de nuvens que o sal apenas pediam
o sal onde pudessem escrever em áureas brisas de mar
e num procurar seu esta carta te entregar
como se se tratasse de uma carta em sal escrita
perdida no soprar das marés do mar
onde por cada letra do teu nome
e às ondas do mar
irá sempre ela por ti perguntar
Talvez afinal ela nunca te vá encontrar
quem sabe até um dia por ti ela vá passar
e tu que sem o saberes assim a vás ignorar
mas seja como for e onde o for
sempre que sentires o mar em brisas o teu rosto beijar
lembra-te que são apenas as ondas imensas deste mar lá fora
que aqui de dentro no canto onde estou
trago eu a saudade guardada por ti a procurar
no sempre desta carta de só por ti eu chamar
Solar Nature
8 Comments:
Difícil será não compreender e não sentir as brisas da maresia, que trazem no seu abraço e na sua suavidade, os sentires saudosos e apaixonados de quem sopra sensibilidades desta forma, como tu fazes. Pura poesia que se impregna na pele e embala-me o coração, nas viagens imaginárias das palavras que deixas soltas ao sabor do mar que habita em ti, e se estende para os que se atrevem a navegar nele, delicadamente... com a leveza de uma pena que descobre novos mares, novas sensações, novos sentires numa partilha plena de compreensões. Hoje, alonguei-me, mas por vezes, o silêncio dá lugar às palavras! =) Beijo enorme com carinho à mistura*
Muito belas estas tuas palavras...suaves como uma brisa que vem do lado do mar e nos enlaça. A música é lindíssima. Bjs :)
bom blog... ora entao um grande bem haja
(ê¿ê)
Fotos e texto magníficos. Fiquei sem palavras!
Muito bom. Já tinha saudades de aqui vir!
Jinho, BShell
Só para te dizer que essas tuas escritas cheias de brisa do mar são realmente fantásticas... beijocas
Simpas...simplesmente lindo! Consegues-me deixar envolto em maresia e sal quando te leio. Ah! Esse mar que te cobre a alma, esse teu eterno namoro lavado pelas marés do sentir...Parabéns!!! Um grande abraço, Simpas!!!!
já n vinha aki á algum tempo... mas fico feliz, porque continuo a adorar vir a este cantinho...continua a transmitir-me uma tranquilidade e leveza q gosto muito! jokitas
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