quarta-feira, junho 07, 2006




Cores Manhãs Em Azuis Coração






Como é grande
é tudo tão grande





e como gostaria eu de me sentir perdido
perdido num dar-te a mão de um beijo fugido
e encontra-lo assim sempre escrito
escrito no silêncio deste infinito infinito
e escreve-lo de novo vezes sem conta
num outro escrever em mais azuis escrito
esse escrever no ler de um infinitésimo
o ver de um grito sentido
para que na ausência da brisa do respirar
um assim te fosse escrito em asas a chamar
para que nunca mais houvesse
quem me fosse lembrar
que o sal é também lágrima gota
lágrima gota em azul água
que desliza e cristaliza no tempo
neste rosto que o mar faz confundir
e que em sombras um dia irá
ele em ternuras diluir




Engraçado
sempre gostei de pintar no azul
desenhar asas algodão em sincronias de coração
valsas de notas douradas em rodopios de salão





fossem talvez os meus olhos que cantavam
que auriam em pincéis de segundos que roubavam
a todas as telas que com as estrelas sonhavam
e que em todos os movimentos congelados
neles viam momentos de um sorrir em alma libertos
pertos reflectidos em azuis coloridos
coloridos de asas brancas em águas plumas belezas
nos demorados passeios no lago das infinitas certezas
como se o nascer do voar no canto dos cisnes
fosse no morrer do entardecer
o devir eterno de uma estrela
sempre estrela sempre eterna a renascer

de uma estrela constelação ou galáxia que fosse

mas azul
apenas teria de ser azul
porque assim bolha azul de sabão
foi soprada pela brisa áurea do coração
para que um dia me pudesse dar num abraçar
o azul infinito do céu num dançar
onde me perderia pela sua mão
nesse tão profundo azul sentir do mar






E fossem os teus olhos as longínquas estrelas
essas que lá de longe me guiam no perto da noite
que por elas morreria eu num esvair de tons num azul feliz
por elas morreria eu feliz no final dos dias que não acabam
nesse sempre dos entardeceres em que me embalarias
no embalar em que te embalaria eu neste dançar
para que pudéssemos neste lago ouvir de novo os cisnes cantar
quando os meus olhos por ti e por todos os dias em mim
eu assim ao te olhar os teus dias para ti fosse fechar

E sim
esconder-me-ia pelos entardeceres ao entardecer
eu e a minha cor no frio gelado do mar
lá onde esses teus cabelos sempre brilhassem
como se leve fosse a brisa de um querer
nesse lugar onde os sonhos reflectem as estrelas
todas essas estrelas que sempre eu irei admirar e pintar
as mesmas que um dia me guiaram e que me guiarão neste mar
onde todas as manhãs sei que irei eu
em azuis brancos de pétalas coração
pintar asas na luz do teu olhar

presas que estão para sempre no teu abraçar
esse onde sonho todos os dias para poder acordar.








Tons de coração

em cores manhãs



num beijo de verão







Solar Nature






5 Comments:

Blogger gostomuitissimodeti said...

Desprendo-me de ti molhada
Emerjo de ti.
Escorre em mim o teu ser,
MAR.

(azul, azul, azul...enfim azul!)
beijo imenso

9:00 da tarde, junho 12, 2006  
Anonymous Anónimo said...

É assim que escreves em tons de quentes brilhantes de reflexos de mar...de perfume de fim tarde de verão . Beijocas

2:45 da tarde, junho 13, 2006  
Blogger André L said...

Saudações carissimo amigo, "como eu gostaria também de sentir esse sentimento exuberante e esplendoroso. O azul infinito, a verdadeira paz interior sentido ao lado do Amor. Onde as almas perdem-se em união, onde o coração comanda a mente.". Prazer em lêr-te.
Um abraço

9:04 da tarde, junho 13, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Fiquei presa à tua bolha azul de sabão... para mim, sem o azul não há sonhos. Nunca te esqueças do teu azul, ximpinhas mailinda. Beijo enorme :)

6:01 da tarde, junho 20, 2006  
Anonymous Anónimo said...

:o) Embalo-me neste teu azul sentimento de poesia desprendida por um silêncio que não pesa... nasço mar e viro tela de céu infinito nas tuas palavras de doçura e sal, com a facilidade de um algodão que rodopia pelas brisas interiores... fazes-me deambular em fascinações! Beijinhos gandes, gandes!!

3:55 da tarde, junho 24, 2006  

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